As Marias no Mandato Coletivo escutam trabalhadoras e trabalhadores da Saúde e Assistência, as Marias nunca estão sozinhas, nosso podcast Ecoa Marias é com Carmen Geanezini, enfermeira aposentada, com formação e militância em Saúde Pública. Membra do Coletivo Feminista Classista Maria vai com as Outras e do Linhas de Santos.
Ouça em: https://www.youtube.com/watch?v=6HIzNFniO5c&t=12s
Nós Marias temos realizado várias rodas de conversa para ouvir o que pensam as e os ativistas e usuários de setores como o da Saúde e Assistência.
O sentimento que toca a todas, todos e todes é de que estamos adoecidos, os usuários e os trabalhadores e trabalhadoras do serviço público, principalmente as mulheres negras e periféricas que ainda são aquelas responsáveis pelo cuidado.
O combate ao assédio moral e a educação permanente das servidoras e dos servidores é uma das questões necessárias para evitar esse adoecimento tão presente no cotidiano desses trabalhadores. É o que chamamos de humanização, mas dos dois lados do balcão para que a relação servidor versus população seja comprometida com as políticas públicas, respeitando os direitos garantidos pela Constituição de 1988.
Outra necessidade que surgiu nas nossas conversas é sobre a sensibilização da militância, a articulação com os movimentos sociais, reduzindo o distanciamento e o olhar do ponto de vista dos usuários tão presente atualmente. Entendemos que essa aproximação tornará possível a participação tão necessária nos diversos conselhos existentes, principalmente o da Saúde. É preciso que o conselho deixe de ser apenas de ser aquele que chancela as políticas implementadas pelo Executivo, mas que seja ouvido para a elaboração dessas políticas após a escuta da população. É uma ação necessária e possível, pois o Conselho de Saúde de Santos, por exemplo, já foi modelo de atuação na cidade e fora dela. Vamos ocupar os Conselhos!
Dessa forma podemos reorganizar a luta em defesa e manutenção dos direitos conquistados com a dedicação de tantas e tantos militantes, trabalhadoras e trabalhadores.
É importante reorganizar a luta pela manutenção e qualidade dos serviços públicos transferidos para as Organizações Sociais as OS como uma forma descarada de privatizar os direitos
Garantir a manutenção da estrutura física dos equipamentos públicos – muitos estão em estado lamentável de manutenção, com goteiras e sem espaço adequado para a espera do atendimento.
Atenção especial à população em situação de rua, encaminhando as solicitações discutidas e aprovadas na última conferência realizada.
Resistir à privatização tão desejada pelo governo estadual e reivindicar que o Hospital Guilherme Álvaro seja referência para o atendimento ao aborto legal.
Mobilizar para:
- exigir que o Centro de testagem da Aids (CTA) realize atendimento multidisciplinar;
- exigir a posse imediata dos concursados que ainda não foram designados;
- exigir o pleno funcionamento do Programa de Saúde da Família com equipe interdisciplinar
- exigir a melhoria nos serviços do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), na sua estrutura física e na ampliação das especialidades.
- exigir a melhoria e ampliação do Ambulatório de especialidades da população Trans no Hospital Guilherme Álvaro.
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